Pode parecer bobagem, mas é um questionamento muito sério: quem controla nossas redes sociais depois que morremos? O que acontece com os posts que publicamos nelas? Ou pior, e se alguém tiver acesso às nossas conversas pessoais?

Ora, existe um medo real de que alguém entre nas contas e descubra alguns dos nossos segredos ou use as informações de forma incorreta. Mas não se preocupe, existem muitas opções para proteger sua vida digital.

Neste artigo, trouxemos as aplicações que as redes sociais disponibilizam para você organizar os seus dados digitais antes de partir e o que você pode fazer com as contas de familiares que já morreram. Então, leia até o final.

O que acontece em cada rede social?

A maior rede social está a caminho de se tornar também o maior cemitério. Pelo menos é o que diz a revista eletrônica Computer Hoy. Segundo estimativas divulgadas pelo periódico

…o Facebook terá mais perfis de usuários mortos do que vivos até o final do século 21. O padrão se repetirá no Twitter, Instagram, Google, WhatsApp e outras plataformas onde compartilhamos nossos dados.

Mas o que fazer com todas as informações que deixamos?

Algumas das redes sociais mais famosas têm diferentes processos para atuar caso algum de seus usuários morra, e suas informações permaneçam ativas na plataforma. Por isso, mostramos alguns dos passos a seguir:

Twitter

No Twitter existe a opção “informar o falecimento do usuário”, onde é possível solicitar o encerramento da conta. Desse modo, deve ser preenchido um formulário especificando a relação com o falecido, o nome completo e endereço do usuário, bem como o e-mail, cópia do documento de identidade e certidão de óbito.

Instagram

No Instagram há duas opções entre as quais é possível tornar a conta comemorativa ou solicitar a sua remoção.

Para se ter ideia, a conta comemorativa é um perfil de homenagem gerado a partir do pedido de um usuário e oferece um espaço para amigos e familiares compartilharem suas memórias. Para criá-lo, você precisa do atestado de óbito.

Facebook

No caso do Facebook, o titular da conta pode decidir antes de morrer o que vai acontecer com ela. Assim como no Instagram, o perfil pode ser transformado em um memorial ou excluído quando alguém o notifica sobre sua morte.

Mas se quiser definir o que fazer agora, pode designar um contato, que ficará encarregado de administrar a conta comemorativa e poderá baixar uma cópia de tudo o que o usuário compartilhou na rede.

E-mails

Quase todas as empresas respeitam muito o usuário e é difícil obter o conteúdo do mesmo. Você pode selecionar a opção em sua configuração para que ninguém obtenha essa informação.

Por outro lado, você pode permitir que alguém gerencie sua conta. Após a sua morte, por exemplo, sua família ou representante legal pode solicitar acesso.

Legado digital. As redes sociais estão ressignificando o fim da vida.

As mídias sociais nos educaram para saber viver a vida e aproveitar o momento presente, conectar-se aqui e agora com pessoas em qualquer lugar. Mas talvez tenha chegado a hora de pensarmos no que virá depois de tudo isso: o nosso legado.

Em um tempo não muito distante, apenas celebridades e figuras públicas tinham o privilégio de deixar um legado. Mas as redes sociais mudaram isso.

Hoje, passamos boa parte do dia escrevendo nossa autobiografia nelas. Estas plataformas ainda nos dão a possibilidade de criar o nosso memorial, como pudemos ver acima.

Já imaginou seus filhos acessando o perfil do Facebook da sua mãe, podendo descobrir toda a história que ela deixou?

Assim, eles poderão conhecer detalhes da sua rotina: fotos que fizeram sorrir, as viagens com pessoas queridas, os lugares que frequentou. E claro, os memes que fizeram rir.

É como se nossos registros nas redes sociais fossem uma espécie de herança digital. É uma maneira de preservar nossas lembranças, essa é a melhor lição para aprender e deixar como legado. Então, você já tinha parado para pensar nisso?

Caso queira que seus amigos também tenham um outro olhar sobre as redes sociais e seu legado nelas, compartilha esse artigo.

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